domingo, 23 de junho de 2013

Inverno 2013 em Goiás

 
 
APRESENTAÇÃO
O Inverno astronômico no estado de Goiás começou no dia 21 de junho de 2013. Esta estação é considerada como a mais seca do ano, onde as chuvas se tornam escassas. As atenções se voltam para os baixos índices de umidade; sendo que em anos muito secos os valores relativos ficam nas horas mais quentes em torno de 10% em muitas regiões goianas – principalmente em agosto e meados de setembro.

Do ponto de vista da temperatura, são nos meses de junho, julho e agosto (primeira quinzena) que aumentam a frequência de invasões de massas ar polar. Estas massas atingem principalmente o sul e sudoeste goiano. Às vezes, quando atuam com maior força, incursionam até as localidades mais ao norte do centro de Goiás. De maneira mais esporádica podem chegar ao extremo norte goiano. No sudoeste goiano a penetração de ar frio é mais impactante, acompanhando a evolução do fenômeno que ocorre no setor oeste e sul do Brasil. Este declínio acentuado de temperatura, propagado por advecção, é chamado de friagem.
 

INVERNO 2013

A estação do inverno começa com condições de neutralidade do fenômeno ENSO no pacífico equatorial, ou seja, as águas superficiais da região do NIÑO estão com comportamento dentro dos padrões climatológicos. Nas ultimas semanas houve certo resfriamento destas águas superficiais na região perto do América do Sul. No Atlantico as águas superficiais se comportam acima da média em grande parte do litoral do sudeste. É bom ressaltar que o ENSO ( El Niño – La Niña) influencia pouco estado de Goiás. Quando influencia é de forma indireta. Portanto, não há nenhuma opinião conclusiva quanto a influência deste fenômeno em território goiano.

Precipitação:

Nos próximos 3 meses a precipitação deve se comportar dentro da média, podendo ocorrer penetração de alguma frente fria, trazendo chuvas para os setores sul, sudoeste, oeste e centro de Goiás.

No período dos próximos 03 de meses, do ponto de vista da probabilidade estatística, as chuvas devem se comportar na faixa de 30% abaixo da média, 40% dentro da média e 30% na faixa acima da média.

Temperatura:

As temperaturas devem se comportar acima dos padrões climáticos, ou seja, acima da média. Não se descarta incursões de massas de ar polar pelo centro-sul do estado nos meses de julho e meados de agosto. Já setembro as chances destas incursões são muito pequenas.

No centro-norte do estado o comportamento da temperatura terá maior anomalia positiva. Enquanto que nos setores sul e sudoeste goiano, esses valores podem convergir para próximo da média, caso se confirme as entradas de massas polares por aqueles setores.

Do ponto de vista das probabilidades estatísticas teremos as temperaturas se comportando

50% do tempo, acima da média.

35% do tempo, dentro da média.

Em torno de 15% do tempo abaixo da média.
 

Umidade: este é o período mais seco ano. Portanto não se descarta valores críticos de umidade entre o final de julho, agosto e parte de setembro. Os índices de umidade podem nas horas mais quentes ficar abaixo de 15% neste intervalo de tempo citado; porém, propenso ao aumento de focos de incêndios, doenças respiratórias e desfavoráveis às atividades físicas.
 

Conclusão: A estação mais fria do ano em Goiás poderá ter temperaturas acima da média, chuvas dentro da média e clima um pouco mais úmido do que o de costume. Há uma tendência das chuvas voltarem mais cedo (sujeito a confirmação, pois pode haver alterações no quadro climático). Também podem ocorrer incursões de massas polares no centro-sul de Goiás, permitindo o declínio acentuado da temperatura em alguns dias.
 

 
 
Elder Barretto
 
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