sábado, 3 de novembro de 2012

Resenha de Outrubro 2012 - Goiânia/Goiás


O mês de outubro foi considerado um mês bem quente, ao analisar os últimos 51 anos em Goiânia. Assemelhando-se aos anos de 2002, 2005 e 2007. Na década de 60, do século anterior, tivemos “outubros” quentes como de 1961 e 1963.
Neste mês que passou tivemos anomalias positivas quanto à temperatura, ultrapassando 3°C acima da média na capital e estado de Goiás. Descrevendo o mês, foram dois momentos acentuados: um foi registrado no primeiro decêndio do mês, onde as temperaturas ultrapassaram os 40 °C no oeste, noroeste e norte do estado. O outro pico máximo ocorreu nos seis últimos dias de outubro, onde os termômetros voltaram a bater recordes, superando os 40°C. Em algumas localidades de Goiás registraram-se temperaturas acima de 42°C durante à tarde. Em Goiânia a temperatura máxima absoluta do mês ficou em 38.6°C, inferior aos 38.9°C de setembro, quando foi a máxima do ano de 2012.
Outro vilão meteorológico foi à extrema baixa umidade relativa do ar, que ficou com valores medíocres no primeiro decêndio do mês. No balanço geral o mês fechou com anomalias negativas quanto ao quesito umidade em Goiás, ou seja, foi um mês considerado seco para os padrões.
As chuvas no estado de Goiás se comportaram de forma irregular, localizada e abaixo da média, conforme prognosticado aqui neste blog em posts anteriores. Estas chuvas foram acompanhadas de trovoadas com rajadas fortes de vento, mas mal distribuídas no tempo e no espaço. Geralmente a precipitação no estado varia entre 100 e 180 mm no mês de outubro. Este ano ela ficou na faixa de 50 a 70 mm.
As causas para tais anomalias estão relacionadas com o recrudescimento da Massa Tropical Continental, de característica quente e seca. Esta massa com domicílio no Chaco avançou para o centro oeste e sudeste do Brasil. Nos níveis médios e superiores da atmosfera a circulação era anticiclônica, que impedia o desenvolvimento de nuvens de chuva, e a convecção do ar provindo da superfície. Quando havia convecção, esse desenvolvimento vertical era tímido e localizado, portanto não favorecendo a formação de áreas de instabilidade abrangentes e formação de linhas de instabilidade muito comuns no segundo e terceiro decêndio de outubro. Outro fator é o atraso da formação do canal de umidade entre a Amazônia e o Centro Oeste (ZCOU), que geralmente começa a atuar após 10 de outubro. A partir de Novembro a ZCOU evolui para episódios de ZCAS, onde é responsável pelo alto volume de chuvas no estado.
Mesmo ocorrendo estes fatores anômalos ou oscilantes da atmosfera, está dentro de um ciclo climático normal para o estado, pois o clima se dinamiza entre períodos mais quentes e secos e anos que são mais chuvosos no território goiano. O jogo de massas de ar pelo estado se faz de forma dinâmica a cada ano, mas seguindo padrões climáticos, muitas vezes em forma de ciclos, mas com variantes.
Apesar das anomalias, o território goiano e a capital registraram temporais localizados fortes, com chuvas de mais de 50 mm em algumas estações meteorológicas, rajadas fortes de vento, granizo isolado, surtos de trovoadas intensas. Enfim condições características de um clima tropical na sua fase (face) úmida.
Acima mapa climatológico mês de outubro estado de Goiás - média 30 anos
Fonte: Agritempo
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segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Goiás - Clima em Outubro 2012

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Tendência

Os modelos climáticos prognosticam a próxima estação (primavera) com chuvas dentro da média climatológica e temperaturas acima da média na capital e região metropolitana. As chuvas tendem a ser mal distribuídas no tempo e no espaço. Será um período de fortes temporais e trovoadas. Há possibilidade da atividade elétrica (raios) estar acima da média. Pode haver queda de granizo e rajadas fortes de vento. Período propenso a mudança repentina do tempo.

Haverá chance de incursão de ar frio ao sul e sudoeste do estado, principalmente no início da estação, deixando as temperaturas em declínio. O mês de outubro e primeira semana de novembro tende a ter temperauras mais elevadas do que o normal.

O mês de outubro é considerado como um mês de transição no estado de Goiás. É um mês que se direciona para o período chuvoso. As chuvas abundantes, geralmente caem a partir da segunda quinzena. Climatologicamente, outubro tem uma precipitação que varia entre 100 a 180 mm, dependendo da região do estado. As chuvas ainda são mal distribuídas no tempo e no espaço. Também é comum ocorrer dias consecutivos de estiagem, com temperaturas bem elevadas. Muitas vezes, em outubro e setembro, ocorrem o pico máximo de temperatura, principalmente quando atua, com intensidade, a massa tropical continental, de característica quente e seca. É no mês de outubro, devido ao aquecimento atmosférico e a umidade disponível, que ocorrem fortes temporais no final da tarde e parte da noite. Geralmente as áreas de instabilidade formam nuvens convectivas profundas e se deslocam do sentido noroeste-sudeste e oeste-leste. São chuvas pesadas, acompanhadas de descargas elétricas (raios) e até formação de granizo. Neste mês, também surge, com certa frequência, o canal de umidade entre a Amazônia e o Centro Oeste, estabelecendo assim as primeiras Zonas de Convergência de Umidade (ZCOU).

Segundo os simuladores de médio prazo, o mês de outubro poderá ter dois cenários:

O primeiro será quente e seco, devido atuação de uma massa de ar de natureza quente e seca. Estas condições de tempo devem ocorrer na primeira quinzena do mês, principalmente entre o dia 1° e o dia 10.

O segundo cenário mais úmido e instável, ocorrerá a partir da segunda quinzena do mês. O tempo instável trará fortes trovoadas e alguns dias chuvosos. As chuvas serão mal distribuídas no tempo e no espaço. A tendência é de que haja chuva no intervalo - abaixo da média em algumas regiões e dentro da média climatológica em regiões do sul e sudeste de Goiás

A temperatura se comportará acima da média em grande parte das regiões goianas. Sendo que o norte e noroeste do estado registrarão os maiores desvio de temperatura. Há possibilidade de ocorrer recorde de temperatura do ano em algumas localidades. Também não se descarta alguma esporádica incursão de ar mais frio em parte do sul e sudoeste do estado.

Os primeiros dias de outubro em Goiânia serão secos e quentes, com temperaturas acima da média histórica.

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segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Prognóstico de Primavera (2012) para o Estado de Goiás


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Caracterização:

A primavera em Goiás é marcada pela transição de um período seco para um período chuvoso. Geralmente as chuvas abundantes e frequentes ocorrem a partir do último decêndio de outubro. Novembro e dezembro já são marcados pelo estabelecimento do período chuvoso no estado. Do ponto de vista climatológico da precipitação as chuvas se distribuem em média de 50 mm em setembro, 150 mm em outubro, 230 mm em novembro. Portanto, há um incremento gradativo da estação das chuvas.

Quanto ao comportamento da temperatura, esses meses são marcados normalmente por picos máximos de temperatura. É considerado o trimestre mais quente do ano no estado. De maneira esporádica, no inicio da estação, ocorre alguma incursão de ar frio no sul e sudoeste do estado, promovendo declínio de temperatura. Geralmente estas incursões não duram mais que 48 horas.

Os três meses primaveris são marcados por tempo instável, virada repentina de tempo, ocorrência de fortes temporais entre o fim da tarde e durante á noite, devido às condições favoráveis de temperatura e umidade. 

É muito comum a formação e propagação de grandes áreas de instabilidade durante a noite e madrugada. Geralmente elas se propagam de noroeste para sudeste ou de oeste para leste. Estas áreas podem ser responsáveis por volumes significativos de chuva. Na primavera também ocorre trovoadas intensas, devido aos altos índices de instabilidade da atmosfera. Há anos que a incidência de descargas elétricas (raios) é bem maior nas regiões goianas.

Geralmente a partir de outubro aumenta o transporte de umidade oriundo da Amazônia, com o deslocamento da massa de ar equatorial continental, de natureza quente e úmida. Ao se deslocar mais para o sul, ela proporciona um canal de umidade entre a Amazônia e o estado, muitas vezes se associa a frentes frias de caráter semi-estácionaria, que se deslocam pelo sudeste do país. O estabelecimento do canal de umidade favorece a criação de uma Zona de Convergência de Umidade, com propagação de noroeste para sudeste, sendo responsável por volumes elevados de chuva. A persistência deste canal de umidade por vários dias culmina na formação da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS). A ZCAS tem atuação com maior certeza a partir do inicio de novembro. Ela também é responsável por acumulados elevados e dias seguidos de chuva.

Prognóstico de Primavera:

Chuva: A primavera em Goiás será instável, com grande atividade elétrica (raios). As trovoadas devem ocorrer acima da média. Pois a atmosfera estará mais carregada e com índices de instabilidade bem mais favoráveis a ocorrência do fenômeno. Será um período onde os temporais estarão mais ativos do que o de costume.

De acordo com a distribuição e intensidade da chuva, neste período podem ocorrer chuvas intensas, acima de 75 mm em 24 horas. Elas estarão mal distribuídas no tempo e no espaço. Quanto ao volume, a precipitação deve ficar dentro da média.

Não se descarta ocorrência de estiagem (5 a 7 dias sem chuva) ou veranico (mais de 7 dias sem chuva com temperaturas elevadas)

Há possibilidade de ocorrência de granizo em áreas isoladas.

Temperatura: Os termômetros estarão marcando temperaturas acima da média em todas as regiões goianas. Haverá dias com altas temperaturas. São possíveis valores recordes anuais neste período, principalmente no oeste, noroeste e alguns setores do norte de Goiás.

O inicio da estação, terá temperaturas nos patamares normais. À medida que se for consolidando a estação haverá aumento de temperatura. Mais para o ultimo terço da estação a temperatura volta a ficar dentro dos padrões normais.

Ventos: os próximos meses podem ser marcados por ocorrência de ventanias e rajadas fortes de vento. Pois os mesmos serão componentes das tempestades que irão ocorrer. Os ventos estarão acima da média.

Conclusão: Os próximos meses no estado de Goiás serão com temperaturas acima da média, chuva dentro da normal climatológica, porém intensa e sujeito a trovoadas fortes, rajadas fortes de vento e queda de granizo. A precipitação estará mal distribuída no tempo e no espaço.


 
Fonte: CPTEC/INMET


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terça-feira, 18 de setembro de 2012

Chuvas mais significativas no início da primavera

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Com a chegada da primavera as chances de chuvas significativas aumentam no estado de Goiás. Os modelos numéricos simulam chuva significativa nos próximos 8 dias. As pancadas de chuva serão acompanhadas de trovoadas e rajadas de vento, quebrando um ciclo de mais de dois meses sem chuva significativa.
Nas regiões do sul do estado, o modelo GFS, coloca chuva volumosa, devido as fortes áreas de instabilidade que poderão se formar. Estas áreas estarão associadas à passagem de uma frente fria. Com a chegada das chuvas significativas as temperaturas máximas devem diminuir, acabando com vários dias de muito calor. As madrugadas devem continuar abafadas.
Alguns prognósticos apontam para um mês de outubro com precipitação irregular no tempo e no espaço nas diferentes regiões goianas. Segundo esses modelos de médio prazo, as precipitações ficarão entre a categoria ligeiramente abaixo da normal climatológica e dentro da normal climatológica. As temperaturas estarão acima da média histórica.
Lembrando, quando se simula para um tempo mais longo, a volatilidade da previsão aumenta, por isso há necessidade acompanhar a dinâmica dos modelos, estando sempre informado, pois pode haver alterações.
 
Vamos usar esse blog para informar ao leitor as alteraçoes e condições climáticas elaboradas pelos diferentes institutos de meteorologia.
Abaixo segue a imagem mostra o prognóstico GFS para os próximos 8 dias
 
 
A próxima imagem do modelo GFS é para o período de 15 dias.
 
 
 
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sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Chuvas isoladas põe fim a estiagem em Goiânia e parte de Goiás.


Depois de um dia quente, cheio de fumaça no ar, abafado e seco, as condições meteorológicas mudaram do meio da tarde para frente em Goiânia. Os índices de umidade aumentaram e houve desenvolvimento de nuvens de chuva sobre a cidade e Região Metropolitana. Observando os dados de radiossondagem da manhã, já dava indícios de mudança das condições atmosféricas, com possibilidade de chuva após as 15 horas.

Diante das condições favoráveis à chuva, tivemos relatos de chuva isolada nos setores do noroeste da cidade, bairro Jardim Goiás e chuviscos no Setor Pedro Ludovico. Através de imagens de radar e satélite, notou-se que a precipitação foi fraca, isolada e de curta duração. Nas estações meteorológicas da cidade não houve registro de chuva em seus pluviômetros.

Considerando a ocorrência destas primeiras chuvas, de natureza leve ou fraca, temos uma interrupção da estiagem. A última vez que choveu em Goiânia foi há quase 60 dias atrás. Sendo que foram chuvas de pouca intensidade. A última chuva com maior intensidade, acima de 10 mm, nas estações meteorológicas, ocorreu no dia 7 de junho.

A previsão do tempo para o final de semana em Goiânia e no estado de Goiás é de possibilidade de chuvas isoladas, devido ao aumento da umidade atmosférica e chances para formação de áreas isoladas de instabilidade. Os modelos numéricos não mostram chuvas de grande intensidade, apenas chuva fraca ou leve. Há possibilidade de ocorrer trovoadas. As maiores chances de chuva abrangente e de maior volume estão prognosticadas para depois do dia 21 de setembro.

A tabela abaixo mostra o período e a intensidade de chuva para os próximos 15 dias. Sendo que a escala varia de 0 a 5. A intensidade de chuva foi extraída dos modelos ETA, WRF e GFS.

15 a 20/09
21 a 25/09
25 a 30/09
Intensidade
1
2
3
4
5


Intensidade:

1 – Fraca

2 – Moderada

3 - Moderada tendendo a forte

4 – Forte

5 – muito forte ou anomalia.
A imagem de satélite mostra nuvens desenvolvidas sobre a região central de Goiás. Esta nuvens geram chuvas fracas, confirmadas pelo rada meteorológico.


fonte: CPTEC/INPE

 fonte: REDEMET/DCEA


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quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Tarde de muito calor e aumento de nebulosidade em Goiás


Esta quarta feira foi de muito calor no estado de Goiás. Em vários municípios os termômetros chegaram perto de 40°C. É bom reafirmar que o motivo de tanto calor é devido ao estabelecimento de uma massa de ar de natureza continental; quente e seca.

A imagem de satélite, no setor visível, mostra muitas nuvens sobre o estado, principalmente no centro, sul e sudoeste goiano. Em algumas localidades do estado há nuvens mais desenvolvidas. Ainda não foi detectado presença de chuva.

Goiânia amanheceu com temperaturas elevadas, com mínimas na casa de 23 a 24°C em muitos setores da cidade (bem abafada, em meio a muita fumaça). Em setores quentes como o de Campinas, os termômetros chegaram a 39.5°C. A nebulosidade ficou variável ao longo dia, em meio a muito sol.  Através das últimas observações, o dia vai findando com algumas nuvens desenvolvidas sobre a cidade, localizadas na parte centro-sul da cidade.

As chances para ocorrência de chuvas nas próximas 24 horas são pequenas. Caso ocorrendo, elas tendem ser de fraca intensidade, com possível ocorrência de trovoada.  As chances de chuva vão aumentando a partir de 48 a 96 horas, segundo o modelo ETA. Em desacordo, o modelo WRF ainda não mostra chuva para a cidade; mostra apenas chances muito pequenas de chuva em pontos isolados do estado.

Dados de radiossondagem já mostraram aumento da instabilidade atmosférica nas últimas 36 horas. As projeções dos índices de estabilidade no perfil vertical também mostram valores de acordo com um tempo mais instável. No campo pressão atmosférica, tivemos uma queda substancial nos últimos três dias, que reforça condições para mudança de tempo. Tudo vai depender de mais algumas variáveis, como chegada de umidade e disponibilidade de água precipitável, para que o gatilho seja acionado e consequente formação de alguns núcleos de instabilidade.

Os próximos dias no estado de Goiás serão com muito calor, variação de nebulosidade, principalmente à tarde e a noite, com possibilidade de chuvas isoladas e possíveis trovoadas entre a tarde e a noite.
 
 
Fonte: CPTEC/INPE/DSA
 
  
A imagem abaixo é de uma simulação do modelo ETA para o dia 14/09 às 18 horas, hora de Brasilia, mostrando áreas com chuva sobre a região centro-sul de Goias. Probabilidade variando entre a faixa de 30 a 50%.
 
 

 
Fonte: WXBRASIL.NET
 
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terça-feira, 11 de setembro de 2012

Os Modelos Numéricos estão contraditórios quanto ao início das chuvas em Goiás


Os modelos meteorológicos para o estado de Goiás estão conflitantes quanto à chegada das chuvas. Alguns modelos estão mais conservadores, simulando chuvas para depois do dia 19 de setembro – é o caso do GFS, WRF, MBAR e Cosmos. Já os modelos numéricos ETA e BRAMS prognosticam ocorrência de chuvas isoladas e de baixo volume nas próximas 36 horas a 72 horas. Portanto, a confiabilidade fica baixa em termos de previsão.

Dentro deste quadro bem dissonante, não está descartada a possibilidade de ocorrer chuvas isoladas em pontos isolados de alguns municípios goianos nos próximos dias. Pois os indicadores de instabilidade atmosférica mostram aumento das chances de ocorrer chuvas de fraca intensidade e ocasional.  No campo de 500 hpa já existe perturbação atmosférica..

Através de imagem do radar meteorológico já foi detectado chuva isolada ao norte do Distrito Federal, município de Planaltina de Goiás por volta das 15 UTC (11.09.2012). O importante agora é ir monitarando as condições do tempo, pois as chances estão aumentando para ocorrência chuva ocasional no período do curtíssimo prazo até as próximas 72 horas.

Geralmente esses modelos numéricos têm dificuldades de detectar ou ficam dissonantes quanto ao início das chuvas na região Centro Oeste, devido à carência de estações e dados meteorológicos de superfície, como do ar superior. Portanto, a precisão fica comprometida.

Lembrando, que a estação das chuvas começará propriamente dita e de forma mais abrangente à partir do dia 20 de setembro, no mais tardar início de outubro.
 
Fonte:Decea/CPTEC
 
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segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Goiás e Região Metropolitana de Goiânia terão uma semana de muito calor.


Teremos uma semana de muito calor no estado de Goiás. Segundo prognósticos numéricos a temperatura pode passar de 40°C no noroeste e oeste goiano. Pode-se esperar uma semana bem quente em todo estado de Goiás.

Em Goiânia devido à atuação de uma forte massa de ar quente e seca, o calor poderá ser recorde do ano. Os termômetros podem bater a casa de 38°C, ou até registrar temperatura superior.

Segundo modelos numéricos de alta resolução, as regiões da cidade onde o calor será muito intenso: o oeste, região central e sudoeste da cidade. Para piorar a situação, além de dias quentes, a umidade relativa do ar estará com valores bem críticos. Os higrômetros podem registrar valores entre 10 e 15% nas horas mais quentes. A capital poderá entrar em estado de emergência.

De acordo com modelos matemáticos de curto prazo, ainda não há previsão de chuva para as próximas 72 horas no estado. Os próximos dias serão decisivos para a mudança da dinâmica das massas de ar. Caso não havendo alterações nas condições atmosféricas o tempo seco pode ser arrastar até o início da primavera astronômica (23/09).

Analisando as médias históricas dos últimos 30 anos e traçando a probabilidade estatística, a climatologia de setembro aponta para maior intensidade e volume de chuva geralmente no último decêndio de setembro. Em Goiás, nos dois últimos anos, registraram-se valores muito baixos de chuva no mês de setembro.

Segundo dados de modelos climáticos, sujeito a alterações, o mês de outubro poderá ter chuvas um pouco abaixo do esperado e temperaturas acima da média em várias regiões do estado de Goiás. As chuvas do próximo mês poderão ser irregulares no tempo e no espaço.
 
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quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Os focos de incêndio aumentaram nestes meses secos em Goiás


 
Fonte: CPTE/MCT

Os meses de agosto e setembro são considerados tradicionalmente secos. Geralmente nesta época do ano uma massa de ar com características continentais, de natureza quente e seca domina o estado de Goiás. Com isto aumenta o risco de incêndio no estado, tanto de origem criminosa, por desatenção do cidadão ou por causas naturais. Nesta época do ano os índices de umidade são críticos, com valores nas horas mais quentes, inferiores a 20%, colocando a defesa civil e a população goiana em estado de alerta. Os índices de precipitação ainda são pequenos, com valores mensais inferiores a 50 mm, sendo que a maior parte destes valores se concentra no último decêndio de setembro.

Apesar do estado de Goiás não está passando por um período seco severo, à semelhança dos dois anos anteriores e de 2007 (pois tivemos chuvas significativas em junho e chuvas isoladas no mês de julho), o mês de agosto registrou focos de incêndios bem maiores em quantidade, se comparado ao ano passado. O período seco se tornará severo, caso a estiagem entre por todo o mês de outubro.  
 
FONTE: CPTEC/MCT

Os indicadores só apontam para amenização desta situação a partir do primeiro decêncio de outubro, quando realmente começa o período chuvoso no estado.

 
Fonte: CPTEC:INPE
Hoje tivemos uma situação de tempo seco e pouca nebulosidade sobre o estado, pois a circulação em níveis médios, com centro no sudoeste goiano não propiciou alteração nas condições de tempo. Os prognósticos ainda não mostram reversão da situação. As chances, historicamente aumentam a partir da segunda quinzena de setembro. Tudo vai depender do jogo das massas de ar e do estabelecimento de uma situação mais favorável ao transporte de umidade, causada por passagem de frente fria ou canalização de umidade provinda da Amazônia.

Concluindo: ainda teremos, nos próximos dias, tempo seco, muito sol, bastante calor e umidade relativa do ar em valores preocupantes (abaixo de 20% nas horas quentes). A tendência é favorável à ocorrência de incêndios em pastos, capoeiras, capões e matas de característica tropical, etc.

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domingo, 2 de setembro de 2012

Umidade relativa do Ar - Abaixo de 15% em Goiânia

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Goiânia e grande parte do Estado de Goiás estão em estado de alerta ou emergência em locais pontuais. Os valores de umidade serão críticos nas próximas 72 horas. As projeções que o os Modelos WRF e GFS fazem não são nada animadoras. Colocando a capital com 11% de umidade nas horas mais quentes. No estado os valores são projetados para a faixa de 10 a 20% nas horas mais quentes. Portanto são valores muito baixos para o conforto humano. Portanto, há necessidade seguir as recomendações da defesa civil e das autoridades médicas no sentido de se proteger. Tudo isso é devido ao fortalecimento de uma massa de ar quente e seca, que há dias vai dando as cartas no território goiano.
Ontem a capital goiana registrou o índice mais baixo do ano, em torno de 12% na região do setor Jaó, 14% no Aeroporto e 15% no centro da cidade. Nas áreas mais altas de Goiânia como a Serrinha e o Parque Amazônia os índices ficaram em torno de 19% e 17% respectivamente.

O gráfico abaixo mostra a tendência da umidade relativa do ar, para Goiânia, às 18 UTC, próximos 05 dias.
Setembro - 2012
 
A tendência é de termos dias bem secos neste mês de setembro, principalmente na primeira quinzena, onde geralmente as chances de chuva são bem pequenas. Vamos acompanhar o comportamento destes índices de umidade. No ano passado neste mesmo mês os índices caíram para uma situação recorde, onde nas horas mais quentes os higrômetros marcaram 8% em alguns bairros da cidade.

Não há previsão de chuvas para os próximos dias. O tempo deve continuar ensolarado, muito quente e seco em Goiás e na Capital Goiana. Continuando com estas configurações de tempo há também boas chances de termos os maiores registros de temperatura do ano ou quiçá aproximarmos a temperatura máxima de 2007, onde os termômetros registraram naquela época 39.2°C. Ontem foi dia mais quente do ano (36°C de máxima – no centro da cidade), mas a temperatura tenderá a subir ainda mais neste mês.  
 
Abaixo seguem os mapas de umidade relativa do ar às 15 horas para o estado de Goiás e Região Metropolitana de Goiânia, modelo WRF 15 km
 
 


 
 

 


 
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sábado, 1 de setembro de 2012

Balanço Climático - Mês de Agosto em Goiás


O mês de agosto terminou em Goiás com as suas características: quente e seca. Fazendo uma retrospectiva da climatologia mensal, houveram três períodos distintos ocorrido no estado.

O primeiro período (01-11/08) começou seco e com atuação moderada da circulação do ASAS (Anticlone do Atlântico Sul). Devido à passagem de uma massa polar por meados de julho; o ar subsidente que permaneceu na região foi se aquecendo e perdendo gradativa umidade. Com isto refletiu-se em temperaturas moderadamente quentes e ausência de chuvas neste período. Não houve aproximação de frentes frias, enquanto que valore baixos da umidade relativa do ar  colocou o Estado em estado de atenção.

O Segundo período (12 – 24/08) se comportou totalmente diferente no estado de Goiás. Pois se fortaleceu uma situação de bloqueio atmosférico no centro-norte do Sul do Brasil e região Sudeste, impedindo de vez alguma aproximação de frentes frias e massas polares ao sul do território goiano. Com este quadro era para que tivéssemos, a partir daí, um calorão imenso, uma vez que a massa subsidente estava já aquecida. Mas isto não ocorreu, devido à circulação do ASAS, que jogou ventos do quadrante leste-sudeste, impedindo o aumento das temperaturas. As temperaturas máximas não subiram tanto, ficando com valores abaixo da média histórica, enquanto as temperaturas mínimas se comportaram dentro da média e ligeiramente abaixo da média no leste goiano. O frio das madrugadas de agosto foi pela perda radiativa de calor noturno. Outro fator, ao se formar uma convergência de umidade no Espírito Santo e sul da Bahia, esses ventos úmidos chegaram ao centro-leste goiano (principalmente leste). Mas estes ventos não foram suficientes para desenvolvimento de nuvens de chuva, devido à adversidade dos parâmetros que regem o clima seco nesta estação. O importante é que a umidade relativa do ar acabou oscilando entre 35 e 45% nas horas mais quentes nos setores mais à leste; o normal seria estar entre 20 e 25%.

Alguns modelos numéricos em seus prognósticos até ensaiaram ocorrência de chuvisco ou chuva fraca em pontos bem isolados do setor oriental da região central e leste goiano. Só que acabou não acontecendo. O que ocorreu mesmo, com umidade elevada em 700 hpa, foi o aumento abundante de nuvens do tipo estratificada e estrato-cúmulos.

 Devido à circulação anticiclônica em superfície e em toda a coluna troposférica, os ventos passaram soprar de forma moderada, com rajadas fortes em períodos matutino e às vezes na madrugada. Situação típica de agosto do inverno goiano. No campo de pressão atmosférica esse período citado, ficou com valores altos e acima da média.

O terceiro período (25 – 31/08), devido ao enfraquecimento do bloqueio atmosférico no Sudeste do Brasil, e uma frente fria conseguir quebrar de forma parcial este bloqueio, chuvas isoladas de baixo volume ocorreram em pontos do leste e litoral da região sudeste. Portanto mudando a circulação anterior. Mas acabou por não adentrar o território goiano, apenas amenizando o extremo sul do estado com um ligeiro aumento de umidade e nebulosidade. O que ocorre, foi o recrudescimento do ar tropical de natureza quente e seca sobre o estado. A circulação em níveis médios da atmosfera se fortaleceu de forma anticiclônica que contribuiu com a diminuição da nebulosidade e o aumento considerável da temperatura por compressão adiabática. Tivemos um final de agosto com temperaturas máximas superiores a 32°C, sendo que o último dia do mês registrou-se a temperatura mais alta do mês. Em Goiânia os termômetros marcaram máxima de 35.3°C.

As perspectivas para os primeiros dez dias de setembro, ainda são de tempo seco e quente, circulação anticiclônica e pouca nebulosidade. Podemos ter recordes anuais de temperatura neste mês, devido ao fortalecimento da massa tropical continental, que ampliará seu raio de ação até Goiás. A umidade relativa do ar deverá continuar oscilando entre estado de atenção e estado de alerta. Não se descarta que em algumas tardes, a defesa civil venha decretar estado de emergência (quando os valores são muito críticos e abaixo de 12% nas horas mais quentes). As chances de ocorrer as primeiras chuvas aumentam a partir da segunda quinzena de setembro.

É bom lembrar que o mês de setembro, marca o inicio de uma nova estação; estação de transição (do período seco para o chuvoso). Pela climatologia do estado, baseado nos dados dos últimos 30 anos, a precipitação no estado gira em torno de 35 a 50 mm neste mês. Ou seja, o mês ainda é tradicionalmente seco. Quanto as temperaturas, elas são elevadas e geralmente se comportam como as mais elevadas do ano, dividindo o cenário com parte do mês de outubro. Há anos que ocorrem incursões de ar frio vindo do sul do Brasil entre 1 e 3 dias, dando uma refrescada, com temperatura baixas. Geralmente as temperaturas mínimas no estado e na capital goiana já são elevadas.

Nos últimos três anos não choveu no mês de agosto no estado. E as primeiras chuvas só deram as caras no finzinho de setembro e início de outubro. Gostaria de sempre reforçar: as massas de ar são muito dinâmicas, quando se passa de projeções acima de 7 dias o grau de previsão de tempo vai se tornando menos confiável. Mas dá para ter uma certa ideia de como o tempo dera se comportará, ainda mais se buscar analogias com estados de tempo e de clima no passado.

 
Abaixo o CPTEC fornece o mapa de anomalia de temperatura mínima. Olhando para o estado de Goiás, no centro-leste, os termômetros marcaram temperatura máxima abaixo da média, enquanto que no restante do estado as temperaturas ficaram dentro da normal climatológica
 
 
Do ponto de vista da temperatura média. Praticamente tivemos um coportamento dentro da média. Nas regiões oeste e sudoeste, os termômetros ficaram acima da média. As temperaturas só ficaram abaixo da média no setor ocidental do planalto central (microregião que compreende Anápolis, Goianápolis, Alexania, Silvânia, Pirenópolis, Abadiânia, Corumbá de Goias) e setor leste (entre Cristalina e Campo Alegre de Goias).
 
Fonte:CPTEC - Grupo de Climatologia
 
Do ponto de vista da temperatura mínima (mapa acima), houve apenas registro pontuais negativos em algumas localidades. A temperatura ficou dentro da normal climatológica em quase todo estado de Goiás.


No quesito precipitação o mapa acima mostra uma anomalia negativa em todo estado de Goiás. Nos dois anos anteriores também foi observado esta situação.

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segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Tempo Quente e Seco em Goiás


O final de agosto, no estado de Goiás, deve ser seco e quente, devido atuação de uma massa de ar tropical continental (de características seca e quente). As chances de chuva nesta próxima pêntada são remotas.

A temperatura, nos próximos cinco dias, deve entrar em elevação. Os dias serão muito quentes no noroeste e oeste do estado. As noites tendem a ser abafadas. A influência de ar frio no sul e sudoeste de Goiás deve enfraquecer já na  madrugada de quarta feira; dando lugar a noites mais quentes. A única região que deve fazer friozinho à noite será o leste de Goiás.

Quanto à umidade, a próxima pêntada tende a ser seca. Sendo que os menores valores podem ser registrados no noroeste e oeste. Os higrômetros podem marcar valores inferiores a 15% nas horas mais quentes. Então, teremos condições para estado de alerta nestes setores e estado de atenção para demais regiões do estado.

Se o clima seco continuar dominando Goiás até o final do mês, teremos o terceiro ano consecutivo sem registro de chuva no mês de agosto.

No mês de setembro, as temperaturas estarão elevadas e acima da média no estado. Há boas chances das primeiras chuvas caírem em meados de setembro para frente. (lembrando que devemos sempre acompanhar a previsão de tempo no curto prazo, pois sempre há alterações).
  
 

Fonte e créditos: NOAA/GFS/SOMAR

 
 
Fonte e créditos: NOAA/GFS/SOMAR
 
Os últimos dias foram de muita nebulosidade no estado de Goiás, mas sem chuva. Esta nebulosidade é decorrente da influência de ar mais úmido em camdas no nível de 700 hPA, vindo do leste do país, impulsionado pelo Anticiclone do Atlântico Sul, que está forte e ainda próximo ao litoral do Brasil. Este anticiclone foi responsável pelo bloqueio atmosférico, não deixando as frentes frias avançarem pelo sudeste do Brasil por várias semanas, causando o tempo seco nas regiões Centro Oeste, Sudeste e parte do Sul do Brasil.
 
Elder

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Chuva mesmo em Goiás - só em meados de setembro para frente


Muitas pessoas me procuram em Goiânia para saber como será o tempo daqui alguns dias ou como o clima vai se comportar nos próximos seis meses. Elas se debatem com condições extremas para um clima tropical: umidade relativa muito baixa, ausência de chuvas, poeira, “ventania”, temperaturas mais baixas durante a madrugada... Com estas observações ou algum incômodo do cidadão dos tempos modernos, ao menor sinal da natureza, chegam à gente para ouvir explicações do ponto de vista meteorológico, sobre suas ansiedades cotidianas ou aos interesses momentâneos que estão objetivando. Quando se deparam comigo e observam que eu estou sempre pesquisando, observando e analisando o tempo e o clima, logo se apressam em chamar-me de ”homem do tempo”. Pois cada um a seu modo quer saber como o tempo irá comportar nos próximos dias.

Para mim é um grande prazer e uma grande alegria poder explicar, projetar e analisar com estes cidadãos o comportamento do tempo no passado, presente e futuro mais imediato. Pois sei que esse tema faz parte nosso cotidiano moderno e atarefado.

Ouço:  - Elder, qual será o tempo daqui a três dias ou no próximo final de semana?... - Eu vou pescar ou tem jogo no Serra Dourada..., será que vai dar tempo bom daqui a uma semana? ... - Por que está muito seco neste mês? ... - Nossa! tem quase dois meses que não chove, é normal isso acontecer?... - Não me lembro da última chuva, pois não presto muito atenção nestas coisas, mas será que vai chover no próximo fim de semana? Pois, tenho um casamento... - É normal ficar tão seco assim? Quando vem a estação das chuvas?...

Surgem muitas perguntas, piadas e dúvidas em relação ao tempo, clima, meteorologistas, climatologistas e previsores.

Podemos dizer que nesta época do ano, mês de agosto e meados de setembro, é a mais seca e com persistência de dias ensolarados, bem como ausência de chuva. O que ocorre em Goiânia e Goiás, nesta época, não está fora para os padrões climáticos, pois, são meses onde os índices de precipitação são mínimos, valores baixos de umidade, onde o pico da mesma, nas horas mais quentes, atinge valores inferiores 15%.

Pela climatologia goianiense já choveu no mês de agosto em anos anteriores. A média de precipitação na cidade para o mês é de 10 a 20 mm. Quando ocorrem estas chuvas, em agosto e primeira quinzena de setembro, são decorrentes do avanço de sistemas frontais (frente fria), oriundos do sul do Brasil.

Dentro das projeções climáticas, as chuvas mais significativas só chegam ao estado de Goiás a partir da segunda quinzena de setembro. Tem ano que as chuvas de estação atrasam, pois o clima não funciona com dia e hora marcada, e sim de acordo com a movimentação das massas de ar que se posicionam de forma sistemática, mas sem rigidez quanto à movimentação e espacialização pelo território brasileiro, dando uma configuração diferenciada e muitas vezes semelhante ao longo dos anos.

Outra pergunta que pode ficar no ar por aqueles que me questionam:
- Por que as noites de agosto estão frias e os dias ventosos? Pois, geralmente agosto já faz muito calor a partir do dia 10.
Geralmente o Anticiclone, um centro de alta pressão que se posiciona nas latitudes em torno de 30° sul, é responsável pela ventania e tempo bom dos meses de agosto e setembro. A massa de ar ao entrar em contato com o continente perde suas características úmidas e se tornam mais secas à medida que o ar vai se adentrando pelo continente. Como Goiânia está no “coração do Brasil”, o ar chega aqui mais seco, se misturando ao ar continental quente e seco já estabelecido, dando característica de secura nesses dias de agosto e setembro. Neste ano o Anticiclone está muito forte e próximo ao território Brasileiro, impedindo a entrada de frentes frias e umidade oriunda de sistemas frontais. Com isto temos um tempo mias seco. As noites mais frias são decorrentes da radiação noturna, ou seja, perda de calor noturno, decorrente da umidade baixa e ambiente propício ao declínio de temperaturas. Por outro lado, as condições de bloqueio atmosférico não deixam que as ondas de frio cheguem pela propagação de massas polares (que às vezes ocorrem). A dinâmica de massas de ar também impede o avanço de ar quente e úmido da Amazônia.

Concluindo: Ainda teremos dias secos até meados de setembro, mas com possibilidade ocasional de chuva fraca ou chuvisco fraco no leste do estado nestes últimos dias de agosto, devido à convergência de umidade que atua sobre o sul da Bahia, estendendo até o leste goiano, e quem sabe um resquício de precipitação para algumas áreas de Goiânia. É bom lembrar que as chances desta ocorrência não são grandes. Pode ser que fique mesmo só no aumento de umidade e de nebulosidade. Chuva mesmo, só a partir de meados de setembro!
Elder

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Clima - Simego inaugura a Sala de Situação


O Simego inaugurou nesta última quinta feira um sistema de última geração de alertas e gerenciamento meteorológico (sala de Situação) que funcionará cobrindo todo o estado de Goiás. Este sistema possui ligação direta, através de antenas exclusivas com os satélites GOES, servindo para monitoramento, em tempo real de sistemas meteorológicos adversos.
O sistema de alerta estará conectado com a defesa civil, prefeituras e órgãos de apoio ao tempo e clima. O monitoramento será feito de forma sistemática e compartilhado com a sociedade, afim de que todos possam proceder de forma educativo-comportamental, frente à ocorrência de eventos severos.

O sistema de gerenciamento é composto vários computadores, celulares, Atenas e softwares com tecnologia voltada para providenciar saídas de curto prazo e consequente prevenção aos fenômenos climáticos. O gerenciamento e previsão serão feitos para um cenário de curtíssimo prazo até três dias de antecedência.
Esperamos que o órgão governamental (SIMEGO) compartilhe de maneira clara e concisa com sociedade goiana através de seus meios de divulgação e seu portal eletrônico de contato com todos os goianos.
Este sistema de monitoramento poderá ser de grande valia frente as chuvas intensas do período chuvoso em Goiânia e Região Metropolitana, bem como alertando a população do estado de possíveis transtornos. Irá beneficiar também o setor agro-pecuário e cidades que querem acompanhar em tempo real a situação meteorológica adversa que venha ocorrer. Portanto, situará os municípios voltados para o tempo futuro, permitindo a proteção, o planejamento e orientação de toda a sociedade goiana frente aos períodos críticos do tempo e do clima.

Elder

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Tempo seco em grande parte do Brasil


Precipitation (24 h) Forecast maps samk BZ
Fonte: Weather online.uk

O tempo ainda deve prosseguir seco, nas próximas 48 horas, em grande parte do Brasil, devido ao intenso bloqueio atmosférico. Uma frente fria deve avançar para o Rio Grande do Sul provocando temporais localmente fortes no estado.
As condições de tempo também favorecem a temporais no centro-norte da região Norte. Enquanto o litoral nordestino deve receber ar carregado de umidade, sendo responsável por chuvas esparsas.
No interior do Brasil, o tempo seguirá seco, com baixa umidade relativa do ar. Os ventos do quadrante leste podem provocar rajadas moderadas de vento.
Os modelos de médio prazo prognosticam possibilidade de chuva com pouco volume na região central do Brasil no final de agosto. Já na região sudeste haverá chances para ocorrência de chuvas e trovoadas no último decêndio de agosto, arrefecendo a estiagem prolongada na região.

Elder

Elevação das temperaturas em Goiás



De acordo com os modelos de médio prazo as temperaturas devem entrar em elevação no final do mês de agosto. Este aumento de temperatura será decorrente do fortalecimento de uma massa aquecida.
Geralmente no fim de agosto e  setembro as temperaturas estão elevadas na região Centro Oeste do Brasil, por conta de um bolsão de ar continental de característica quente e seca.  Esta situação só não ocorre quando a região está suscetível a invasão de alguma massa de ar polar.
Mas climatologicamente, os próximos dias quentes na região estarão de acordo com as temperaturas médias para esta época do ano.
O gráfico abaixo mostra a evolução da temperatura nos proximos dias em cidades do Centro Oeste.





Mapa ilustrado mostra temperatura média de acordo com suas médias históricas no estado de Goiás.






Os próximos dias em Goiás e sua capital, terão aumento gradativo de temperatura, tempo seco e ensolarado, com baixa umidade relativa do ar. O modelo GFS aponta para uma possibilidade de chuva de baixa intensidade no final de agosto em algumas áreas goianas. Caso ocorrendo alguma chuva, não marcará o final do período de estiagem. Geralmente o período chuvoso no estado de Goiás só começa em outubro. Em anos excepcionalmente positivos, a estação chuvosa tem início no último decêndio de setembro. 


Elder

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Anomalia de Temperatura - Goiás


Devido a influencia do Anticiclone do Atlântico Sul, as noites neste inicio de agosto estão frias, principalmente no centro-leste do estado. Em certos momentos venta de forma moderada, do quadrante leste, portanto, dando sensação de mais frio nestas áreas.

O mapa abaixo, de acordo com modelos climáticos, mostra que os próximos dias a temperatura estará abaixo da média normal no leste goiano; tendendo a normal no centro do estado e acima da média no sudoeste e noroeste de Goiás.

A anomalia negativa chega a -1.5°C, enquanto as positivas, que passam mais a oeste, estão na casa de + 2°C acima do normal. Esta situação deve perdurar até o final do segundo decêndio de agosto.

Climatologicamente as temperaturas sobem no estado entre o inicio do terceiro decêndio e final do mês, quando se estabelece uma massa bem mais aquecida de característica quente e seca. Esta situação só não ocorre quando há entrada de massa polar, fato já ocorrido de forma esporádica em alguns anos anteriores. De acordo com a climatologia, ocorre o avanço da massa tropical continental sobre o centro oeste, contribuindo com valores baixíssimos de umidade relativa do ar, principalmente nas horas mais quentes. Geralmente esta massa de ar atua sobre o estado de Goiás no último terço do inverno até meados da primavera, intercalando com o avanço da massa equatorial continental (a partir de 15 de setembro), de natureza mais úmida e quente.

Para o mês de setembro, se projeta temperaturas acima da média climatológica para todo o estado de Goiás. Teremos então dias e noites quentes no estado; muito comum em Goiás com a chegada da próxima estação.






As chuvas devem ficar dentro da média histórica no mês de setembro.

Elder