Balanço Climático do Mês de Julho em Goiás e Goiânia

O mês de Julho em Goiás e Goiânia terminou de forma tradicional; seco. Apesar de ter ocorrido pancadas de chuva de forma isolada em várias localidades goianas, estas chuvas ficaram dentro do esperado. Climatologicamente as chuvas que ocorrem no estado, de acordo com histórico dos últimos 30 anos, são de 1 dia de chuva e precipitação mensal em torno de 8 a 10 mm.

Em Goiânia a climatologia também não foi diferente. Na capital choveu entre os dias 16 e 19 de julho, mas com baixo volume.

Fonte: Cptec

Quanto à temperatura elas ficaram acima da média em alguns setores da capital, acompanhando o fenômeno ilha de calor, devido à edificação, asfalto, trânsito, etc., que muitas vezes formam um cobertor térmico nas madrugadas e estimula o aumento da temperatura no período da tarde. Em bairros mais frios, onde o fenômeno não é proeminente a curva da temperatura ficou mais perto da média histórica. Já no estado de Goiás as temperaturas ficaram ligeiramente acima da média.

Outra coisa: seria o número de invasão de massas polares no estado de Goiás que ficou abaixo do esperado, com isto as temperaturas em média ficaram mais elevadas. Tivemos duas ondas polares: uma que atingiu de forma fraca o extremo-sul do estado, depois do dia 10 de julho. E outra massa polar mais intensa que atingiu o centro-sul do estado. Na influência da última massa polar houve registro de geada isolada nos municípios de Jataí e Mineiros, bem como em alguns minícipios do sudoeste do estado. As temperaturas nesses municípios ficaram inferiores a 2°C.

O mês de agosto projeta-se temperaturas acima da média no Estado. Quanto à precipitação, não há previsão de chuva para os próximos 15 dias, sujeito a alteração dos modelos numéricos.

Mês de Julho 2012

Gráfico de Temperatura e Precipitação da Estação Meteorológica do Setor Serrinha

Elder

Baixa Umidade Relativa do Ar em Goiânia e Brasília

Fonte: Inmet

Nas regiões tropicais, quanto ao quesito temperatura, o inverno é curto, devido ao deslocamento e a não penetração frequente de massas frias pelo interior da região, acabando por não influenciar na queda das temperaturas. A resultante disto tudo, seria o fortalecimento do ar tropical continental, que irá refletir em padrões baixos de umidade, ao não desenvolvimento de nuvens de chuva, aos dias com alta amplitude térmica e períodos elevados de insolação.

Onde é mais seco? Goiânia ou Brasília? Se for analisar por picos de extremos, Brasília é mais seca, pois pode ocorrer nos meses de agosto e setembro, valores mínimos de umidade inferiores a 15% por vários dias seguidos. Enquanto que Goiânia e Campo Grande esses extremos são de menor frequência, mas deixando as marcas de um tempo bem seco, se comparado a padrões normais. Mas não se mede a umidade relativa do ar apenas por picos extremos. É preciso ver o comportamento da mesma ao longo do dia.

Olhando no geral, Goiânia vai apresentar uma curva menor que a de Brasília ao longo do ano. Nesta comparação, teremos na capital goiana e regiões a oeste de Goiás umidade relativa do ar menor do que ocorre em Brasília. Estas localidades citadas só perdem para o nordeste do Distrito Federal, sendo mais seco que a Capital Federal. Tudo isto pode ser ilustrado pelo comportamento das normais climatológicas (30 anos) através da tabela abaixo, como também pelo mapa de umidade relativa do ar.

 

Média Mensal da Umidade Relativa do AR - %

	JAN	FEV	MAR	ABR	MAI	JUN	JUL	AGO	SET	OUT	NOV	DEZ	ANO
Brasília	76	77	76	75	68	61	56	49	53	66	75	79	67
Goiânia	75	76	74	71	65	60	53	47	53	65	73	76	66

Do ponto de vista climatológico e de localização regional, Brasília está mais a leste que Goiânia, portanto recebe mais influencia do mar, apesar de serem separadas apenas por 200 km, mas isto reflete no comportamento anual. Outro elemento: a capital federal está a barlavento no planalto central e com uma altitude mais privilegiada, ao passo que a capital goiana está a sotavento, do planalto central, com altitude mais baixa, portanto mais seca e mais quente.

O que fica para todos em torno do mito chamado de Capital da Secura (Brasília), sem ser, pois Brasília tem índices pluviométricos elevados e umidade relativa também elevada ao longo do ano se comparada a regiões mais secas do mundo, onde outras localidades se enquadram numa tipologia de climas áridos ou semiáridos, o que não ocorre de forma categórica com Brasília e Goiânia. Podemos concluir que o Brasil Central, com a suas capitais, possuem períodos secos (entre julho-setembro), mas não são cidades secas, e passando longe do conceito verdadeiro de aridez.

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Uma massa de ar quente domina o cenário de Goiás

Depois da atuação de uma forte massa polar sobre o centro-sul Goiano, com temperaturas baixas, principalmente à noite e ao amanhecer, o tempo muda as suas características. Uma forte massa de ar quente e seco invade o território goiano com altas temperaturas.

Os termômetros superaram facilmente a casa de 30°C. O comportamento das temperaturas é anômalo, estando num patamar de 2°C 3 °C acima da média. Regiões como o norte goiano, nem a onda de frio da semana passada que atingiu mais ao sul deu uma trégua. As temperaturas nestas regiões continuaram altas e acima da média para o mês de julho.

Outro fato fora de estação foram os registros de pancadas de chuva isolada em muitas regiões goianas. Somente o norte do estado que a precipitação esteve nula neste mês de Julho. É bom ressalvar que pela climatologia goiana para o mês de julho as chuvas são presentes de forma escassa. Na região de Anápolis, o obsevaram os maiores registros em 24 horas, sendo que o volume de chuva ficou no intervalo de 12 a 18 mm.

Outro fenômeno, com o fortalecimento da massa tropical continental em expansão, a umidade relativa do ar também despencou para valores críticos, abaixo de 30%. Só para ter uma ideia hoje os higrômetros registraram umidade de até 12% em localidades do nordeste goiano (Monte Alegre de Goiás). Tradicionalmente os meses de Julho, Agosto e Setembro são secos, com baixa umidade relativa do ar principalmente nos horários mais quentes.

Nos próximos dias as temperaturas ainda estarão elevadas durante o dia, mas deve esfriar durante a noite, devido à perda radiativa de calor noturno. Os termômetros poderão marcar no leste de Goiás e regiões altas, temperaturas de 12°C ao amanhecer.

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Frio Polar - Dia mais frio do ano no Centro-Sul de Goiás

O Centro-Sul goiano teve a madrugada mais fria do ano, devido atuação de uma forte massa polar que vem derrubando as temperaturas no centro-sul do Brasil em uma onda de frio prolongada de 10 dias.

O sul e sudoeste goiano sentiu esta influência de tempo frio em forma de pulsos térmicos. Já são três pulsos térmicos, por advecção de temperatura, em que os termômetros permaneceram em declínio nestas regiões goianas.

As temperaturas foram tão baixas nesta madrugada de quinta feira que os termômetros registraram temperatura de apenas 1.9°C em Jataí, sudoeste Goiano. Os termômetros ficaram com temperaturas baixas em várias localidades do sul e sudoeste, variando entre 5 e 7°C. Houve relato de geada fraca entre os municípios de Jataí e Rio Verde. Mineiros foi a cidade mais fria, chegando 1.7°C

 

Fonte: Inmet

O frio também chegou a capital goiana, onde a temperatura nos bairros mais frios da cidade chegou a marca de 9°C. No centro da cidade (uma ilha de calor) a temperatura marcou 12°C, enquanto que no setor Jaó os termômetros registraram 10.3°C. No parque Amazônia houve registro de 9.8°C.

A Massa polar deverá perder força. Poderemos ter uma madrugada de sexta feira ainda fazendo muito frio. A partir de sábado a temperatura entrará em elevação. Durante à tarde, devido a maior insolação fará um pouco de calor nas horas mais quentes. A umidade relativa do ar tende ficar mais baixa nas horas mais quentes.

 

Temperatura	°C
Jataí	1.9
Rio Verde	5.0
Ipameri	7.9
Catalão	9.0
Goiânia	9.8
Anápolis	10,5
Chapadão do Céu	3.3
Mineiros	1.7

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Onda de Frio

Goiânia e parte do centro-sul de Goiás teve uma quarta feira com nebulosidade variável ao longo do dia e formação de áreas de instabilidade no período da tarde. As chuvas que cairão e estão caindo no centro-sul goiano, são de fraca intensidade a ocasionalmente moderada.

A formação de áreas com chuva é fruto de uma ciclogênese em níveis médios da atmosfera. A ciclogênese resultará na formação de um vórtice ciclônico no sul do Brasil, que estará associado a uma frente fria de deslocamento rápido em superfície.

No sudoeste goiano houve mais uma madrugada de temperaturas baixas, onde os termômetros registraram 9 °C em algumas localidades, devido a advecção de ar polar.

Goiânia teve uma tarde com períodos de sol e variação de nebulosidade. Houve chuva isolada em alguns bairros e em setores da região metropolitana, validando os prognósticos apontados pelo modelo numérico WRF. Estas chuvas foram fracas a moderada sem ocorrência de trovoadas. Nos setores mais ao sul da cidade foram registrados mais de 5 mm de chuva.

A partir das próximas 24 horas a temperatura entrará em acentuado declínio na metade sul de Goiás. Os termômetros poderão marcar 6°C no sudoeste e extremo sul goiano. Em Goiânia a temperatura poderá chegar a 10 °C.

As fotos acima mostram a dissipação da chuva em bairros da zona sul de Goiânia e regiã de Aparecida de Goiânia

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Chuvas fora da estação em Goiás

Fonte: INMET

Depois de um dia abafado em grande parte do estado de Goiás, formaram-se áreas de instabilidade na região central e alguns setores do sul de Goiás. Estas chuvas são fruto de um cavado que se desloca dentro estado no sentido norte – sul, que dará origem a uma frente fria no norte da região sul e sudeste do Brasil.

As ocorrências destas chuvas isoladas são de fraca intensidade e não estão acompanhadas de descargas elétricas (raios).

Em Goiânia e Região Metropolitana, foram registradas chuvas de fraca intensidade em parte da cidade. O volume destas chuvas ficou entre 1 e 3 mm.

No mês de julho as chuvas são escassas. Geralmente as séries históricas dos últimos 30 anos apontam para uma média de 8 mm. Estas chuvas fora da estação acontecem quando há passagem de frentes frias, ou formação de algum cavado que se desloca rapidamente pelo estado. Também ocorrem prenunciando chegada de onda de frio.

Nesta terça feira há chances para pancadas isoladas de chuva na capital e na metade sul do estado de Goiás.

Com a passagem do tempo instável, deverá chegar uma forte massa de ar frio que derrubará as temperaturas em Goiânia e grande parte do estado de Goiás. O ar frio deverá declinar as temperaturas a partir de quarta feira.

Fonte: CPTEC e REDEMET

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Propósitos

Vamos aproveitar este espaço para comentar e analisar os fenômenos meteorológicos e climáticos ocorridos no estado de Goiás e Goiânia. Iremos analisar parâmetros do tempo, ondas de frio, ondas de calor, chuvas intensas, desenvolvimento de áreas de instabilidade, eventos severos do tempo, bem como atuação no período chuvoso de sistemas meteorológicos como a Alta da Bolívia e a Zona de Convergência do Atlântico Sul

Aproveitaremos este blog, para comentar prognósticos do tempo e do clima, modelos numéricos e descrição sinótica das imagens de satélite. Iremos reportar temperaturas absolutas, dias com baixo índice de umidade, prognósticos ligados à formação de veranicos.

O Blog Goiás Tempo será enriquecido com ilustrações, mapas, fotos, imagens de satélite e tabelas que possam informar ao leitor sobre o monitoramento meteorológico-climático do Estado de Goiás.

 

A partir de terça feira, de acordo com os modelos numéricos meteorológicos WRF e GFS, o tempo se instabilizará em parte do estado de Goiás, onde há possibilidade para pancadas de chuva isolada no período da tarde. Estas chuvas podem ocorrer no sul, sudoeste e parte meridional da região central.

Podemos informar que caso ocorrendo chuvas nesta semana, elas estarão dentro de uma certa normalidade, apesar de não ser muito comum chuvas nesta época do ano. Há anos em que se registram chuvas em Goiás em pleno mês de Julho. São chuvas escassas, mas acontecem.

Climatologicamente chove em Goiás no mês de julho algo em torno de 10 mm; fazendo um contraponto com o mês de Janeiro, um dos meses mais chuvosos do ano; com base na observação histórica dos últimos 60 anos.

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