sábado, 11 de outubro de 2014

Primavera Goiana de 2014



A primavera em Goiás, marca a transição do período seco para o período chuvoso. Neste ano, as águas do Pacífico estão mais quentes que o normal, dando condições para evolução do fenômeno EL NIÑO, de fraco a moderado. Portanto, este fenômeno está caminhando para sua fase madura.

No estado de Goiás, tanto o EL NIÑO quanto a LA NIÑA praticamente não influenciam na distribuição da precipitação e comportamento da temperatura. A influência de tais fenômenos ocorre de maneira indireta no estado. Fica dependendo do comportamento de bloqueio de frentes frias no sul do Brasil. 

Nesse período, entre setembro e novembro, atuam no cenário de forma a determinar o clima da região Centro Oeste, grandes massas de ar como:
- A massa de ar Tropical Continental, responsável por dias ensolarados e muito quentes;
- Expansão por volta da última dezena de outubro, da massa de ar Equatorial Continental – de característica quente úmida.

Geralmente a partir do fim de outubro  e início de novembro começa a formar um corredor de umidade, responsável pela formação áreas de instabilidade, trazendo chuvas e trovoadas para o estado. A zona de convergência de umidade, geralmente atua num período de 3 a 5 dias. Quando o sistema mantém uma frente fria estacionária no litoral do sudeste e está associado a áreas de instabilidade, há um recrudescimento do canal de umidade (formando a Zona de Convergência do Atlântico Sul), gerando um corredor mais intenso que propicia a formação de dias mais chuvosos e frequentes trovoadas sobre o estado.

No final da estação, também se desloca para a região Centro Oeste um sistema de alta pressão em altos níveis, chamado de Alta da Bolívia, que muitas vezes provoca uma intensa convecção e consequente formação de áreas de instabilidade sobre Goiás.


Fonte:CPTEC


Tendências Climáticas:

Setembro – atuação forte da massa tropical continental, com picos anuais de temperatura no estado.
Neste período pode ocorrer passagem frontal sistêmica, oriunda do sul do Brasil, estimulando desenvolvimento de áreas de instabilidade.

A temperatura se comportará acima da média.

Outubro – haverá, no seu primeiro terço, influência e recrudescimento da massa de ar tropical continental, trazendo dias ensolarados e secos.

Os sistemas meteorológicos formados nos níveis médios inibirão o desenvolvimento de nuvens de chuva. Teremos um período de padrão de bloqueio atmosférico – onde não terá incursão de ondas frontais, como também não será propício ao desenvolvimento de corredor de umidade oriundo da Amazônia. O ar por compressão adiabática será responsável por temperaturas elevadas e baixa umidade relativa do ar.

A partir da última dezena de outubro, serão favoráveis as manifestações de ar úmido oriundo da Amazônia. Com isto, há indicativo de maior instabilidade atmosférica.

As chuvas tendem ficar ligeiramente abaixo da média. As temperaturas acima da média.

Novembro – será um mês que tenderá ao padrão climatológico, favorecendo ao  desenvolvimento da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS). Goiás terá um mês de forte instabilidade atmosférica, ou seja, propenso a formação de áreas de instabilidade, acompanhadas de intensas trovoadas. As temperaturas devem se comportar ligeiramente acima da média.

Do ponto de vista da precipitação, ela se comportará dentro da média histórica. Esse período é favorável ao tempo severo, ou seja, inclinado a queda de granizo, trovoadas e ventos fortes em áreas isoladas.

É bom ressaltar que as grandes áreas de instabilidade serão formadas entre o final da tarde e parte da noite, sendo responsável por temporais acompanhados de trovoadas.

Elder

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Chuva em Goiânia - nesta tarde de 17.09.2014

 
 
Depois de quase duas semanas, voltou a chover em vários setores de Goiânia nesta tarde de quarta feira. As chuvas foram leves com trovoada fraca; deu para refrescar e contribuir com o aumento da umidade relativa do ar. Neste ano o período de estiagem não foi tão severo na capital goiana. Portanto, ocorreram chuvas isoladas em junho e julho.
 
Na estação central do INMET choveu 16 mm no início do mês. Enquanto que no Aeroporto e no Jáo a chuva foi mais volumosa; 41 mm e 36 mm respectivamente.  A chuva desta tarde foi de fraca intensidade. Em estações distribuidas pela cidade o volume ficou em torno de 5 mm.
 
Nos ultimos dias estava bem quente, com os termômetros na casa dos 37°C nas horas mais quentes. Mesmo assim os termômetros passaram bem longe daqueles anos mais quentes. Geralmente, o pico maior de temperatura se dá entre 15 de setembro e 20 de outubro. Neste ano a probabilidade de ocorrência de extremos elevados de temperatura à semelhança de anos mais quentes é menor.
 
Os modelos climáticos apontam maior cobertura de nuvens para os próximos 30 dias e aumento da frequência das chuvas na capital goiana e no estado de Goiás.
 
A média de chuva na capital é em torno de 50 mm, no mês de setembro. Portanto, a distribuição de chuva neste mês ainda está abaixo da média. As temperaturas estão se comportando acima da média.
 
A imagem de satélite abaixo mostra nebulosidade sobre o Estado de Goiás, incluindo a capital.
 
 
 
Fonte: INMET

 Goiastempo