Goiás é um estado que está na faixa
tropical do planeta, portanto as características do outono propriamente dito
são pouco sentidas aqui no estado. O que podemos falar desta nova estação que
chegou, é que a mesma é caracterizada pela transição do período chuvoso para um
período seco, muito comum nos meses de junho a setembro. Nós saímos de um total
pluviométrico em torno de 250 milímetros/mês para um intervalo abaixo de 10
milímetros nos meses mais secos.
Nesta fase de transição as massas quentes e úmidas
oriundas da Amazônia se afastam para o norte (Equatorial Continental), dando
espaço para o domínio da Massa Tropical Atlântica, que perde suas
características úmidas e torna-se seca ao entrar em contato com o território
Brasileiro. Massas de ar mais frias e secas também vão substituindo o ar quente
e úmido no estado. Fenômenos como Zona
de Convergência do Atlântico Sul, Alta da Bolívia e propagação de fortes linhas
de instabilidade desaparecem no outono goiano. Uma das características desta
massa de ar (Massa tropical Atlântica) é o vento dominante de leste-sudeste
(alísios), que chega seco ao estado, sendo responsável pelo tempo estável,
nuvens de tempo bom, precipitação em níveis baixos e temperaturas elevadas
durante o dia.
Nos meses de outono, eventualmente ocorrem o
surgimento de incursões de massas polares, que adentram o estado pelo sudoeste.
Com estas incursões há o declínio acentuado de temperatura no centro-sul do estado,
fenômeno que está associado à friagem que ocorre no oeste da região Centro Oeste.
As noites frias de maio e junho estão mais relacionadas à perda de calor
noturno por radiação e baixa umidade relativa do ar, do que por advecção de
temperatura.
Do ponto de vista da
precipitação, elas entram em gradativo declínio a partir de abril. Nos meses de
maio e junho elas se transformam em chuvas escassas, que dependem de avanço
pontual de frentes frias pelo extremo sul do território goiano.
OUTONO 2013.
Neste outono, de acordo com os
modelos climáticos, astronômicos e parâmetros climatológicos entre outros
fatores, teremos um clima típico da estação. Os dias, à medida que a estação se
estabelece passam a ter diminuição de nebulosidade, mais ensolarados e
diminuição acentuada de chuvas a partir do dia 20 de abril, com uma tendência a
se antecipar. As noites irão registrar temperaturas mais amenas ou com
tendência a frio nos meses de maio a meados de junho. Lembrando que o declínio
de temperatura noturno se fará mais por perda radiativa de calor, do que por
incursões de massas polares. O mês de Abril ainda será caracterizado por
temperaturas elevadas durante à tarde. Nos meses de maio e junho podem haver incursões de massas polares ao sul e sudoeste do estado de Goiás.
De acordo com a climatologia
goiana, as chuvas se comportarão dentro da média histórica, ou seja, com
padrões pluviométricos em torno de 80 a 120 mm em Abril, com chances de
anomalias em pontos isolados do estado. Em maio a precipitação deve girar em torno
de 30 a 60 mm. Enquanto que em junho até o início do inverno, a pluviosidade
deve variar entre 0 e 20 mm.
É bom acompanhar a previsão do tempo no curto prazo, pois pode haver
alterações climáticas ou de tempo, onde os modelos de curto prazo captam com
maior precisão, do que análises de prazo maior.
ELDER
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- 2013
FONTE E CRÉDTITOS: CPTEC/INMET