domingo, 28 de julho de 2013

Estatística e análise das massas polares em Goiás.


As massas de ar polar não incursionam sobre o estado de Goiás com muita frequência, devido a diversos fatores que poderão ser relacionados:

Tropicalidade
Relevo

Latitude

Geralmente as massas de ar com características polares e de intensidade forte são advindas do continente Antártico. O seu percurso é da direção sudoeste para nordeste.  Sendo que no sudoeste e parte do sul goiano o impacto é maior, devido ao favorecimento do relevo (mais baixo) permitindo maior circulação. Outro fator seria o posicionamento latitudinal da região (mais ao sul e mais próximo aos sistemas transientes de alta pressão).

Estas invasões polares de grande intensidade costumam chegar até o norte do estado, permitindo também o declínio de temperatura. Já na metade centro-sul, o comportamento das temperaturas é de declínio acentuado.

Podemos ressaltar também que as geadas no sudoeste e sul do estado não são frequentes. Elas ocorrem de forma ocasional e de maneira esporádica no tempo e no espaço.

O que é mais frequente no sudoeste goiano são invasões de massa de ar frio oriundo do sul do Brasil, mas com características fracas a moderadas, portanto não atingindo a maior parte de Goiás.

O quadro abaixo vai ilustrar estatisticamente a média de massas polares intensas no período mais frio no estado de Goiás.

É bom ressaltar que Agosto e Setembro são tradicionalmente quentes no território Goiano, mas não impede certa ocorrência de algumas incursões polares em alguns anos, principalmente quando o inverno é tardio no Brasil.

Outro fator é quanto à durabilidade das massas polares em Goiás: elas não são de se estender além de uma semana. Já o ar polar de menor intensidade influencia nas temperaturas por no máximo 48 horas.

Massas polares intensas sobre o Estado de Goiás

Ano
Maio
Junho
Julho
Agosto
Setembro
Quente
0
0
0 e 1
0
0
Normal
1
1
1
1
0
Frio
2
2
2
1
1

 
Fazendo um adendo, as baixas temperaturas em parte do centro, leste, sul, sudeste e sudoeste goiano e regiões altas do planalto central nos meses mais frios são decorrentes da perda radiativa de calor noturno. Portanto, o frio propagado por advecção é mais raro em Goiás.
Os mapas ilustrados abaixo não mostram o impacto das massas polares no estado goiano. Mostra apenas a dinâmica das temperaturas médias mínimas nos meses de abril a setembro.


 
  Fonte e créditos: Simehgo
 
 
Concluindo esta pequena avaliação:

Estamos num estado federativo cujo inverno é de característica quente e seca quando temos atuação anticiclonica em altos níveis alimentando a massa de ar tropical continental, permitindo a compressão adiabática. A outra situação, é quando ocorrem temperaturas no intervalo de  ligeiramente baixas as amenas, na atuação do Anticiclone do Atlântico Sul (ASAS). Isto ocorre quando este anticiclone  está posicionado mais próximo ao litoral do sudeste. Logo, podem ocorrer as duas situações no período do inverno goiano. Mesmo com o frio da madrugada, em parte de Goiás, nos meses mais frios, a tropicalidade é dominante.


Elder Barreto

 
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